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A Polícia de Segurança Pública (PSP) não vai alterar as regras. Os agentes vão continuar a usar a viseira, em serviço, ao contrário do que reclamam as associações sindicais, que pedem uso de máscara.
Em entrevista à Renascença, esta sexta-feira, o diretor nacional da PSP, Manuel Augusto Magina da Silva, lembrou que, inicialmente, acreditava-se que "a máscara poderia ser um fator de potenciador da infeção, por dar falsa sensação de segurança".
O "esforço brutal" da PSP valeu a aquisição de 21.500 viseiras, distribuídas por todo o país, e, entretanto, a tutela forneceu mais máscaras. Contudo, a crença é de que, a não ser em meios específicos, a viseira é mesmo a melhor proteção contra o novo coronavírus.
"Continuamos convencidos de que temos de ter proteções distintas, estando em ambiente hospitalar ou não hospitalar. Os agentes trabalham, no dia a dia, em ambiente não hospitalar. Em ambiente hospitalar ou em ambientes com pessoas infetadas no interior, usam máscara. Fora dessas circunstâncias, a viseira tem mais vantagens", assinalou, no programa As Três da Manhã.
A PSP tem, neste momento, 71 agentes infetados, por todo o país, cenário que já foi mais complicado noutras alturas. Magina da Silva acredita que o atual número casos na força de segurança é a prova de que a viseira é suficiente na proteção contra o novo coronavírus:
"A PSP está nas áreas urbanas em que há maior densidade populacional e há mais polícias a trabalhar uns com os outros. Tivemos um quadro epidemiológico que foi, em determinadas alturas, complicado. Chegámos a ter 140 policias infetados e 350 em quarentena. A prova de que a viseira de proteção funciona é que temos, neste momento, 71 infetados e cerca de 183 em quarentena, resultantes de decisões da autoridade de saúde."
Regras na praia por definir e ação sem olhar às origens
O diretor nacional da PSP revelou, também, que ainda não há um plano para a abordagem à época balnear, no âmbito do combate contra a pandemia do novo coronavírus.
"Tudo isto é novo e estamos todos a aprender. As praias são da competência da Polícia Marítima. A PSP sempre apoiou e apoiará. Está a ser ainda fechada a estratégia relativamente às regras a implementar nas praias. Não será a policia a definir as regras, apenas garantirá a sua aplicação. Há varias ideias na mesa", assumiu.
Sobre os alegados problemas que a PSP tem enfrentado, no momento de aplicar as regras de isolamento social em comunidades ciganas, Magina da Silva salientou que à força de segurança não importam credos:
"Para a PSP, por definição, a ascendência ou o género, a raça, a crença religiosa não dizem absolutamente nada. Trabalhamos com comportamentos observáveis. São proibidos ajuntamentos com mais de 10 pessoas. Agimos sobre isso independentemente da ascendência."