Quem entra em Portugal, será obrigado a ficar em isolamento profilático durante duas semanas. A medida foi anunciada por Graça Freitas, Diretora-Geral da Saúde, em conferência de imprensa.
"Hoje vamos lançar uma norma nova para os serviços se orientarem. A indicação genérica é que quem entra em Portugal, vai ter de ficar em isolamento durante 14 dias, e entrará em vigor na próxima semana", explicou Graça Freitas.
A Direção-Geral de Saúde lançará ainda um conjunto de medidas para os lares, sendo que os novos utentes são também obrigados a ficar em isolamento durante duas semanas.
"Temos que aprender a lidar com as situações dos lares e residências coletivas. Quem ficar com sintomas de alguma forma, tem de ser imediatamente colocado em isolamento até ser feito o teste. Os novos utentes, que podem estar infetados, terão de ficar em isolamento durante 14 dias. Sabemos que os lares têm muitas pessoas, com dificuldade de espaço, mas é imperativo ter zonas para se isolar quem adoeça", anuncia.
Graça Freitas desvaloriza também a redução no número de testes realizados na quinta-feira: "O número varia com a quantidade de pessoas que foi triada em contexto laboral e na linha de apoio ao médico. Todos que têm indicação para fazer o teste, fazem. Varia com a necessidade".
Portugal tem capacidade para produzir nove mil testes por dia. No entanto, por agora não são produzidos esse número diariamente: "Essa é a capacidade instala neste momento. mas o Instituto Ricardo Jorge tem de garantir a qualidade dos testes. Depois, a DGS diz as prioridades quem terá de fazer primeiro".
Hospitais privados serão "muito importantes"
António Lacerda, Secretário de Estado da Saúde, agradece a disponibilidade dos hospitais privados e garante a sua importância no combate ao surto: "Será muito importante como resposta complementar. Obrigado à Associação Portuguesa dos Hospitais Privados. Estamos a articular essa resposta, em função do surto. Claro que serão chamados se o surto evoluir".
O Secretário de Estado garante que não faltará investimento do Governo para reforçar o Sistema Nacional de Saúde.
"Temos já muitas medidas de reforço do SNS,a nível técnico e de recursos humanos. É uma prioridade. Nunca será pelo aspeto financeiro que faltarão recursos humanos e técnicos. Isto está a acontecer à escala nacional e regional. É fundamental que todas as unidades de saúde estejam equipadas para responder às necessidades", remata.