Futebol feminino não terá teto salarial
24-06-2020 - 19:22
 • Renascença

Reunião com o sindicato de jogadores foi decisiva para a mudança de opinião da FPF.

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deixa cair o “limite orçamental” que queria implementar para a Liga feminina de futebol.

Segundo o comunicado da FPF, a decisão foi tomada depois de um entendimento com o Sindicato dos Jogadores.

"Sendo a Federação e o Sindicato parceiros na promoção e desenvolvimento da participação das mulheres no desporto em geral e no futebol em particular e face ao clima de intranquilidade gerado pelo facto da medida ter sido interpretada como uma discriminação em função do género – coisa que não é nem poderia ser -, a FPF informou o Sindicato que essa norma específica não constará do regulamento 2020/2021", lê-se no comunicado.

Leia o comunicado na integra:

"Federação Portuguesa de Futebol e Sindicato dos Jogadores chegam a entendimento e norma do limite orçamental não constará da proposta final.

A Federação Portuguesa de Futebol e o Sindicato dos Jogadores realizaram uma reunião de trabalho na sequência da interpretação sobre a norma de "limite orçamental" proposto para o regulamento 2020/21 da Liga feminina de futebol de 11 que está em discussão e recolha de contributos anterior à sua aprovação final.

Sendo a Federação e o Sindicato parceiros na promoção e desenvolvimento da participação das mulheres no desporto em geral e no futebol em particular e face ao clima de intranquilidade gerado pelo facto da medida ter sido interpretada como uma discriminação em função do género – coisa que não é nem poderia ser -, a FPF informou o Sindicato que essa norma específica não constará do regulamento 2020/2021.

Desta forma, em clima de diálogo social com o Sindicato de Jogadores, será encontrada uma solução alternativa que busque aquilo que todo o universo do futebol feminino deseja: mais equilíbrio competitivo.

Paralelamente, Federação e Sindicato continuam comprometidos a finalizar o acordo coletivo de trabalho com normas adequadas ao futebol feminino nacional, que traduzam as políticas ativas de discriminação positiva, como tem acontecido nos últimos 8 anos de forma inequívoca.

A FPF informou o Sindicato que manterá o plano de apoio para o setor no valor de 600 mil euros e que juntos trabalharão na melhoria desse programa de discriminação positiva que ajudará os clubes e contribuirá para o desenvolvimento das jogadoras portuguesas."