Os procuradores do Supremo Tribunal de Espanha anunciaram esta sexta-feira que abriram uma nova investigação preliminar aos negócios do rei emérito Juan Carlos, na sequência de um relatório da agência nacional de combate à lavagem de dinheiro.
O ex-monarca, que deixou Espanha e foi para os Emirados Árabes Unidos no meio de um intenso escândalo em agosto deste ano, já estava sob investigação preliminar devido a um contrato para um comboio de alta velocidade na Arábia Saudita.
O monarca, pai do atual rei de Espanha, terá recebido uma doação de 65 milhões de euros da monarquia saudita na sequência da sua intervenção no negócio, segundo a imprensa.
A procuradoria não adiantou, para já, mais detalhes sobre a nova investigação. Os porta-vozes da Casa Real e do rei Juan Carlos também não comentaram.
Já na terça-feira, a procuradoria havia anunciado mais uma linha de investigação a Juan Carlos, sem dar detalhes.
O monarca subiu ao trono em 1975 após a morte do general Francisco Franco e era amplamente respeitado por seu papel como comandante do país na transição da ditadura para a democracia.
A popularidade do rei emérito ficou comprometida nos últimos anos devido a uma série de escândalos, o que o levou a renunciar ao cargo em 2014.
O atual rei de Espanha, Felipe VI, anunciou em maio que renuncia a qualquer futura herança a que tenha direito do pai, depois de serem reveladas supostas irregularidades financeiras envolvendo o ex-monarca.