Johnny Depp venceu o caso de difamação contra Amber Heard. O veredito unânime dos sete jurados que acompanharam o caso foi conhecido ao início da noite desta quarta-feira.
Johnny Depp não ouviu a decisão do júri presencialmente, estando do outro lado do Atlântico, no Reino Unido. Já Amber Heard marcou presença na sala onde decorreu o julgamento.
Amber Head vai ter de pagar 15 milhões de dólares a Johnny Depp em danos compensatórios, segundo deliberaram os jurados do caso.
A decisão foi acompanhada através da Internet. O canal "Law&Crime" teve mais de três milhões espectadores a assistir à decisão, no Youtube.
Depois de conhecido o veredito, Amber Heard admitiu estar "triste e desapontada" com a derrota no julgamento por difamação, imposto contra si por Johnny Depp.
Em comunicado, a atriz diz que a decisão se trata de um "retrocesso" para a defesa dos direitos das mulheres.
O julgamento do caso de difamação que opôs o actor Johnny Depp à atriz Amber Heard foi acompanhado ao minuto em todo o mundo, nas últimas semanas.
Durante os último dois meses, o tribunal do condado norte-americano de Fairfax, na Virgínia, tem sido pequeno para o processo.
A dezembro de 2018, foi publicado no Washington Post um artigo de opinião assinado por Amber Heard, no qual a atriz descreveu a “fúria” que enfrentou após ter acusado publicamente Johnny Depp de violência doméstica, referindo-se como uma “figura pública que representa o abuso”, mas sem nunca mencionar o ex-marido.
“Tal como muitas mulheres, fui assediada e vítima de assédio sexual na idade de universidade. Mas fiquei calada - não esperava que queixas trouxessem justiça. E não me vi como vítima. Há dois anos, tornei-me uma figura pública que representa o abuso doméstico, e senti a força da fúria da nossa cultura contra mulheres que falam”, escreveu.
Em resposta, Depp processou Heard por difamação, reclamando 50 milhões de dólares de indemnização e argumentando que as acusações da atriz tiveram um duro impacto na sua carreira. Embora o seu nome não surja no artigo, a sua equipa legal alega que o artigo sugere que “Depp é um abusador doméstico”, o que consideram ser “categoricamente falso”.