Ashleigh Barty, atual número um do ténis mundial, anunciou, esta quarta-feira, a decisão de se retirar, aos 25 anos.
"Vou retirar-me do ténis", anunciou a australiana, num vídeo publicado no Instagram, em que assumiu que o adeus é algo em que já pensava "há muito tempo", apesar de estar "grata por tudo" o que o ténis lhe deu.
A sensação começou com a conquista de Wimbledon e materializou-se com a vitória no Open da Austrália.
"O meu sonho, o meu verdadeiro sonho no ténis, era ganhar Wimbledon. Depois de Wimbledon, havia uma parte de mim que ainda não estava realizada. Depois, veio o desafio do Open da Austrália. Essa foi a forma perfeita, para mim, de celebrar a viagem incrível que a minha carreira de ténis tem sido", contou.
Barty salientou que "é a coisa certa a fazer", por sentir já deu tudo o que tinha ao ténis: "Sei quanto trabalho é preciso para tirares o melhor de ti. Já disse à minha equipa várias vezes: já não tenho isso em mim. Já não tenho tudo o que é preciso, física e emocionalmente, para me desafiar ao mais alto nível. Estou exausta. Fisicamente, não tenho mais nada para dar. Isso é sucesso. dei tudo o que tinha ao ténis."
Agora, Ashleigh Barty quer "pousar as raquetes e perseguir outros sonhos". "Os sonhos da pessoa, não da atleta", concluiu.
Número um do "ranking" ATP desde 2019, Ashleigh Barty venceu três títulos do Grand Slam: Roland Garros (2019), Wimbledon (2021) e Open da Austrália (2022).
Se Barty pedir que o seu nome seja retirado da hierarquia mundial, como a belga Justine Henin fez há 14 anos - abrindo caminho para a ascenção da russa Maria Sharapova ao topo -, a nova número um do ténis deverá ser a polaca Iga Swiatek, de 20 anos, atual número dois.