Um agente da Polícia Metropolitana de Londres, no Reino Unido, admitiu esta segunda-feira ter praticado de dezenas de violações e outros delitos sexuais contra uma dúzia de mulheres.
David Carrick, de 48 anos, que conheceu algumas vítimas através de sites de encontros, confessou-se culpado de 49 crimes ao longo de quase duas décadas.
De acordo com a BBC, as autoridades terão sido informadas sobre nove incidentes ocorridos entre 2000 e 2021, incluindo oito alegados ataques ou confrontos com mulheres, mas não tomou qualquer medida, uma vez que as mulheres recusaram apresentar queixa e cooperar com a polícia.
Para as autoridades judiciais, o agente abusou da sua “posição como agente da Polícia Metropolitana para atrair mulheres e depois as aterrorizar, para permanecerem em silêncio sobre os ataques sexuais".
A comissária adjunta Barbara Gray lamentou que esta força policial não tivesse “detetado o seu padrão de comportamento abusivo”, tendo “perdido a oportunidade de o afastar da organização".
"Lamentamos verdadeiramente que o facto de poder continuar a utilizar o seu papel de agente da polícia possa ter prolongado o sofrimento das suas vítimas", afirmou a responsável, mostrando-se chocada com uma situação que definiu “sem precedentes”.
Carrick que cometeu os crimes em Hertfordshire, onde vivia, foi suspenso das suas funções quando foi detido em outubro de 2021.
De acordo com a acusação, o agente “controlava o que as mulheres vestiam, o que comiam, onde dormiam e até impedia algumas delas de falarem com os seus próprios filhos”.
Foi ainda revelado que o homem agia com a intenção de “dominar e humilhar” as vítimas, colocava-as dentro de um armário, onde eram “forçadas a ficar nuas” durante horas. Chegou ainda a descrever uma das vítimas como sua “escrava” e urinou sobre outras.