O Presidente da República defende que é preciso tomar medidas para "mitigar" os custos da guerra na vida das famílias e das empresas, mas escusou-se a pronunciar-se especificamente sobre o plano de reestruturação da TAP.
Em declarações aos jornalistas em Barcelos, distrito de Braga, Marcelo disse esperar que a guerra tenha "um epílogo positivo e o mais rápido possível".
"Não vale a pena esconder aos portugueses que isso [prolongamento da guerra] tem um custo, como tem para todo o mundo, e que vai ter de se ir mitigando os custos na vida das famílias e na vida das empresas", referiu.
A presidente da comissão executiva (CEO) da TAP, Christine Ourmières-Widener, disse hoje que o custo mais elevado do combustível e a valorização do dólar americano (USD) são obstáculos que tornam mais difícil a realização do plano de reestruturação.
"Os custos de combustível mais elevados e a valorização do USD [dólar americano] são obstáculos que tornam mais difícil a realização do plano", apontou a responsável, acrescentando que os custos estimados com combustível são cerca de 300 milhões de euros superiores ao anteriormente previsto e 200 milhões superior a 2019", disse a responsável, na Assembleia da República.
Questionado sobre estas declarações, Marcelo disse que não iria comentar, por não ter dados.
"Não tendo dados, tudo o que dissesse, era sem base concreta", referiu.
O Presidente preferiu pôr a tónica nos "custos" da guerra e na necessidade de "fazer tudo o que se possa para que o desejo da guerra ser mais curta do que longa se concretizar".
"Quanto mais demorar, mais custos há", rematou.