O Departamento de Saúde do estado de Washington, nos Estados Unidos, confirmou este sábado a primeira morte por infecção do novo coronavírus naquele país. Segundo avançam o “The New Times” e a agência France-Presse, trata-se de um homem, cuja identidade não foi revelada, residente no condado de King, perto de Seattle.
As autoridades norte-americanas agendaram uma conferência de imprensa para as 13h00, 21h00 em Lisboa. Entretanto, o governador de Washington, Jay Inslee, reagiu à morte, prometendo “continuar a trabalhar até ao dia em que ninguém morra deste vírus”. E acrescentou, em comunicado: “Por agora, estamos a fortalecer a nossa preparação e capacidade de resposta. O meu compromisso é manter os moradores de Washington saudáveis, seguros e informados”.
O mais recente levantamento da Organização Mundial de Saúda dava conta de 62 casos de infecção nos EUA em seis estados diferentes: Arizona, Califórnia, Illinois e Massachusetts, Washington e Wisconsin.
Mais de mil casos em Itália
O número de pessoas infetadas em Itália com o Covid-19 subiu para 1.128, enquanto o total de vítimas mortais aumentou para 29, revelaram este sábado as autoridades italianas. De acordo com a Proteção Civil de Itália, das 1.128 pessoas infetadas desde o início da emergência por causa do surto de Covid-19, 29 morreram e 50 recuperaram.
O balanço anterior, divulgado pelo Centro Europeu para a Prevenção e Controlo das Doenças, indicava 888 infetados e 21 mortos.
A epidemia de Covid-19 provocada por um novo coronavírus, detetado na China no final do ano, já infetou 85.641 pessoas, das quais morreram 2.933, segundo as autoridades dos 60 países e territórios afetados. Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.
Em Portugal, os 59 casos suspeitos que fizeram testes nos hospitais deram todos negativos de coronovírus. Fora de Portugal, há a confirmação de infeção de dois portugueses, tripulantes de um navio de cruzeiros, e que se encontram hospitalizados no Japão.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".
Irão desmente balanço superior
A epidemia de coronavírus provocou 43 mortos no Irão, indicaram hoje as autoridades locais, considerando que são falsas as informações que dão conta de mais de 200 mortos no país. O porta-voz do Ministério da Saúde, Kianouche Jahanpour, anunciou hoje mais nove mortos e 205 novos casos detetados. No total, 43 pessoas morreram e há 593 contaminados.
Os novos casos anunciados hoje representam o maior aumento diário divulgado pelas autoridades desde que foi comunicado a 19 de fevereiro que duas pessoas morreram devido à doença no Irão, na cidade de Qom. Após ter sido acusado de minimizar o balanço da epidemia e de gerir mal a situação, o governo iraniano prometeu maior transparência.
Em conferência de imprensa, o mesmo porta-voz admitiu a possibilidade de "dezenas de milhares" puderem vir a fazer testes.
O número de vítimas mortais do coronavírus no Irão é o mais elevado a seguir ao da China, onde a epidemia surgiu no final de 2019.
Kianouche Jahanpour acusou os media estrangeiros de divulgarem informações falsas sobre a epidemia, citando "rumores, informações falsas e contraditórias" e acusou o serviço da BBC em persa de "se aliar aos inimigos regionais do Irão para a propagação de mentiras". Na sexta-feira, o referido serviço da BBC, citando fontes anónimas no seio do sistema de saúde iraniano, afirmou que pelo menos 210 pessoas tinham morrido no país devido ao Covid-19, sobretudo em Teerão e Qom.