O sector das pescas não vai aceitar a interdição total de pescar e estão dispostos a contornar as regras, se for necessário. Humberto Jorge, presidente da Associação Nacional das Organizações da Pesca de Cerco (Anopcerco), diz que estão "preparados para ir até às últimas consequências se estiver em cima da mesa uma proibição total".
Para a associação, a realidade mostra que há um "aumento significativo da abundância de sardinha na nossa costa" e com maior "regularidade", como já não se verificava "há muitos anos".
A proibição total da pesca durante o próximo ano teria "um impacto desastroso", assegura Humberto Jorge, em declarações à Renascença.
O assunto nem se coloca, porque "não se justifica e não se compreende".
A organização vai estar esta sexta-feira reunida com a ministra do mar para debater os limites à pesca em 2018. Ana Paula Vitorino anunciou na passada quarta-feira a proibição em zonas da região Centro e Norte, por serem "áreas importantes para a reprodução da espécie".