O Presidente Donald Trump condenou publicamente - e pela primeira vez - o anti-semitismo, esta terça-feira.
Trump reagiu depois de uma série de incidentes verificados nas últimas semanas, incluindo ameaças de bomba - que se revelaram falsas - contra sinagogas e instituições judaicas e a vandalização de um cemitério judaico, durante o fim-de-semana.
"As ameaças anti-semitas contra a nossa comunidade judaica e os seus centros comunitários são horríveis, dolorosos e uma recordação muito triste do trabalho que ainda falta para extirpar o ódio, o preconceito e o mal”, declarou o Presidente norte-americano.
Os comentários foram feitos à margem de uma visita ao museu de História e Cultura Afro-Americana que, segundo Trump, comprova a necessidade de combater o preconceito, a intolerância e o ódio em todas as suas terríveis formas”.
Antes desta afirmação Trump tinha sido alvo de algumas críticas por ainda não se ter pronunciado sobre o aumento de ameaças e hostilidade contra judeus nos Estados Unidos e também por não se ter referido nunca aos judeus na declaração oficial da Casa Branca que assinalou o dia do Holocausto.
Num peculiar incidente a semana passada, Trump interrompeu um jornalista judeu que lhe ia perguntar sobre o aumento de incidentes anti-semitas e dizendo que se tratava de uma pergunta ofensiva, que ele era “a pessoa menos anti-semita” do mundo. O jornalista explicou mais tarde que não estava a acusar o Presidente de anti-semitismo, mas que apenas queria saber o que é que a administração pretendia fazer para confrontar o problema.
Durante a sua campanha, Trump foi frequentemente criticado pelo facto de ser apoiado por grupos de extrema-direita. Por outro lado, a filha do Presidente é convertida ao judaísmo e casada com um judeu que é, por sua vez, conselheiro de Trump.
Também recentemente a nova embaixadora americana junto da ONU deixou claro, em conferência de imprensa, que o país apoia inequivocamente Israel.