Em Portugal, apesar de estarem longe da reforma, os "millennials" são os que estão a poupar a mais alta proporção dos seus rendimentos anuais (17,1%) para a reforma, em comparação com todas as outras gerações ativas, que situam os níveis de poupança entre os 11% e os 13%.
Os dados são de um estudo internacional que inquiriu mais de 25 000 empresários, de 32 países.
A nível global, a tendência de poupança é similar, com a geração nascida a partir de 1980 a liderar a lista (15,9%) enquanto a "Geração X", "baby-boomers" e a geração "silenciosa" (14,7%, 13,7% e 13,1%, respetivamente) apresentam valores mais baixos.
Quando se trata de analisar o nível de preocupação sobre o montante poupado para a reforma, os valores invertem-se. O estudo revela que, globalmente, um terço (34%) dos "baby-boomers" (entre os 51 e os 70 anos de idade) está apreensivo relativamente à quantidade de dinheiro que está a poupar, enquanto apenas 20% dos "millennials" (entre os 18 e os 37 anos de idade) assumem esta preocupação.
Regionalmente, os investidores da Ásia e Europa são os que revelaram estar mais preocupados com os níveis de poupança, com 26% e 25% respetivamente, a afirmar que estão nervosos com a dimensão das suas poupanças de reforma.
Nos extremos encontram-se o Japão, em que 53% dos inquiridos em idade ativa revelaram preocupação, e a Índia em que apenas 6% se mostra apreensiva em relação a este assunto.
Este estudo, efetuado pela Schroders Global Investor, alerta ainda para o facto de que existe uma grande discrepância entre a poupança feita e o estilo de vida que se quer ter na reforma, sobretudo devido ao aumento da esperança média de vida.
O ranking europeu coloca a Rússia no fim da tabela, com o valor médio de poupança a situar-se nos 11,1%, seguida de Espanha (11,2%). Na outra ponta do espectro estão as populações da Áustria e da Suíça, que poupam 21,6% e 21,3% respetivamente. Portugal está nos valores médios europeus, com valores a rondar os 15% de poupança do rendimento atual (incluindo as contribuições dos empregadores) para a reforma.
Esta pesquisa, realizada entre abril e maio de 2019, inquiriu, em Portugal, 500 pessoas. Para este estudo apenas foram considerados empresários que vão investir, pelo menos, 10.000€ (ou o equivalente) nos próximos 12 meses e que fizeram mudanças aos seus investimentos nos últimos 10 anos.