Os cinco detidos no âmbito na operação Vórtex vão ser presentes, esta quarta-feira, a juiz no Tribunal de Instrução Criminal do Porto para conhecerem as medidas de coação.
Os cinco detidos - entre eles o presidente da Câmara de Espinho - passaram a noite nas instalações da Polícia Judiciária, também no Porto.
Estão indiciados pela prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.
“A investigação versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos”, adiantava o comunicado da Polícia Judiciária.
Além dos cinco detidos, está também a ser investigado o alegado envolvimento de um vice-presidente do PSD. A investigação começou em 2018, quando o social-democrata Joaquim Pinto Moreira era presidente da Câmara Municipal de Espinho.
Pinto Moreira é agora deputado e, por esta razão, o Ministério Público já pediu o levantamento da imunidade parlamentar. Para já, o vice do PSD não é arguido, mas a casa do ex-autarca foi alvo de buscas e o próprio confirma que viu apreendidos um computador e um telemóvel.