O primeiro-ministro, António Costa, não desmente que o Orçamento do Estado para o próximo ano pode incluir um aumento das pensões mais baixas.
Confrontado com informações da imprensa desta quarta-feira nesse sentido, o governante não clarificou esse ponto, mas acrescentou que tudo será feito para continuar a repor os rendimentos dos portugueses.
“Estamos trabalhar com os nossos parceiros da maioria parlamentar, teremos de negociar com a União Europeia, mas a minha convicção é que vamos ter certamente um Orçamento que, não só não seja um recuo, que não seja uma mera consolidação, mas que seja um avanço na execução do programa do Governo”, declarou António Costa no final de uma receção à Delegação Paralímpica de Portugal, no antigo Museu dos Coches, em Lisboa.
Já sobre os números do Instituto Nacional de Estatística (INE), que reviu em alta para 0,9% o crescimento económico no segundo trimestre, o primeiro-ministro diz ser o reflexo do bom caminho seguido pelo Governo, mas não está plenamente satisfeito.
“Aquilo que os números indicam é que estamos a inverter a tendência que vinha de 2015, não da forma robusta como ambicionamos e para a qual temos de caminhar. Os dados do emprego são também positivos, os dados do clima económico e da confiança são positivos e essa é a trajectória que temos de seguir no próximo Orçamento”, salientou António Costa.
O
primeiro-ministro garantiu ainda que o défice deste ano ficará "confortavelmente abaixo de 2,5%".
"A União Europeia fixou-nos um objectivo de termos
um défice de 2,5% e nós podemos hoje dizer que teremos um défice
confortavelmente abaixo de 2,5%. São esses os dados da execução orçamental,
quer do lado da despesa, quer do lado da receita, e tendo em conta o próprio
nível de crescimento da economia", declarou António Costa aos jornalistas,
no final de uma receção à Delegação Paralímpica de Portugal.