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O chefe do grupo de desenvolvimento de vacinas dos Estados Unidos acredita que a vacina contra a covid-19 pode ter "um efeito duradouro", depois de distribuída à população.
Moncef Slaoui referiu à cadeia televisiva CNN que só o tempo permitirá dizer o que irá acontecer, mas admitiu que a eficácia da vacina pode durar "muitos anos", incluindo em pessoas mais velhas e outras pessoas vulneráveis, sendo necessário nova vacinação a cada três a cinco anos.
Este consultor médico da Administração norte-americana frisou que uma das marcas do sistema imunológico é a memória, pelo que a resposta do corpo humano ao coronavírus será muito mais rápida uma vez a pessoa vacinada.
Slaoui confessou não saber se as pessoas vacinadas podem espalhar o vírus a outras pessoas, antevendo que possam existir mais dados em fevereiro ou março de 2021.
"Permaneçam cautelosos"
O perito considera que as incógnitas sobre a doença tornam importante que as pessoas permaneçam "cautelosas" e adotem medidas para se protegerem a si e aos outros.
Na sua previsão, logo que 70% a 80% da população sejam vacinados, "o vírus irá diminuir".
Slauoui disse também estar confiante de que a "Food and Drug Administration (FDA)" aprovará a vacina contra o coronavírus da empresa farmacêutica Pfizer nos próximos dias.
Entretanto, muitas vacinas estão a ser enviadas para todo o Reino Unido em contentores frigoríficos, visando um programa de vacinação em massa que se inicia na terça-feira.
Espera-se que cerca de 800 mil doses da vacina estejam disponíveis para o início do lançamento na terça-feira, um dia que o secretário de Saúde britânico Matt, Hancock, apelidou de "Dia V", aludindo à vitória na Segunda Guerra Mundial.
Na semana passada, o Reino Unido tornou-se no primeiro país a autorizar a vacina Pfizer-BioNtech para uso de emergência. Em ensaios, a vacina demonstrou ter uma eficácia de cerca de 95%.
As vacinas serão administradas em cerca de 50 centros hospitalares na Inglaterra. Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte também iniciarão a vacinação na terça-feira.
Tudo isto, numa altura em que a Europa luta com dificuldades face ao aumento de mortes por coronavírus em lares de idosos, ao mesmo tempo em que se prepara para um programa de vacinação em massa, que dá prioridade aos idosos.