Há acordo no Conselho Europeu. Os 27 entenderam-se, em tempo recorde e acabam de aprovar em Bruxelas um pacote adicional de apoio à Ucrânia de 50 mil milhões de euros, no quadro orçamental da União.
A confirmação pelo presidente do Conselho Europeu foi feita, na última hora, na rede social X. Charles Michel diz que este passo assegura um financiamento firme, previsível e de longo prazo à Ucrânia, acrescentando que a União Europeia está a assumir a liderança e a responsabilidade no apoio à Ucrânia.
Trata-se de um passo decisivo para Zelensky, agora que os EUA fecham os cordões à bolsa. O acordo, que se previa difícil pela intransigência da Hungria, foi desbloqueado em pouco mais de uma hora durante uma pré-reunião a sentar à mesma mesa Viktor Orbán e alguns lideres europeus incluindo o chanceler alemão, o Presidente da França, a primeira-ministra italiana,Giorgia Meloni, e, Ursula Von der Leyen e Charles Michel.
Não se sabe ao certo qual foi a moeda de troca para convencer Orbán, mas algumas fontes sugerem que a chave do sucesso é um parágrafo onde se admite uma revisão dos apoios à Ucrânia, dentro de dois anos.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, já aplaudiu o acordo: "Estas são boas notícias. Assumimos esse compromisso não apenas do ponto de vista moral, mas também do estratégico, porque, ao fazê-lo, sabíamos que chegaria um momento em que o nosso mundo seria posto à prova. E esse momento é agora. E para o Parlamento Europeu, ficou claro desde o início que não havia outra opção senão fazer precisamente isto."