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A “economia verde” ganha cada vez mais espaço: energias renováveis, serviços hídricos e transportes ecológicos, gestão de resíduos, agricultura biológica, reciclagem, desenvolvimento e uso de tecnologias com baixas emissões de carbono. Cada vez há mais emprego ligado a estas novas atividades “verdes”, predominantes em países desenvolvidos. O lixo produzido segue, frequentemente, para os países em desenvolvimento, onde é recolhido e reciclado por trabalhadores sem direitos e expostos a todos os riscos. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) diz que são 25 milhões, 10 milhões na China.
A estimativa está no relatório “Segurança e Saúde no Centro do Futuro do Trabalho”, divulgado para assinalar o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, que se comemora este domingo.
Regra geral, estes trabalhadores estão na economia informal, portanto, sem qualquer proteção social, económica, laboral ou legal. Predominam as mulheres e crianças que estão constantemente expostos a todo o tipo de substâncias e materiais perigosos.
Os chamados empregos “verdes” não estão isentos de riscos para a saúde dos trabalhadores.
As indústrias verdes, as energias renováveis, o desenvolvimento de tecnologias e a redução da emissões de carbono estão também a mudar a estrutura e os padrões do trabalho.
À partida, os trabalhadores estariam expostos a menos riscos para a segurança e saúde. Isso é claro em atividades como a mineira. Mas a OIT alerta que os “empregos verdes” criados não são necessariamente seguros e decentes. E dá como exemplo os empregos associados às novas tecnologias, cujos riscos têm que ser abordados.