Dois militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) estão entre os cinco detidos, no âmbito de uma investigação que decorre sob tutela do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Leiria.
Num comunicado enviado à Renascença, a Polícia Judiciária, refere que “através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, no âmbito de um inquérito que corre termos no DIAP de Leiria, investiga”, estão a ser investigados, entre outros, “factos suscetíveis de enquadrar a prática de atos que consubstanciam os crimes de corrupção passiva e corrupção ativa e de tráfico de estupefacientes, por elementos da GNR, relacionados com o recebimento de contrapartidas, com a finalidade de evitar as fiscalizações a empresários”.
Assim, no âmbito da operação denominada MERLUCCIOS, “foram detidos cinco homens, com idades compreendidas entre os 46 e os 53 anos e realizadas onze buscas, sendo oito em domicílios, duas em sedes de empresas e uma ao Subdestacamento de Controlo Costeiro de Peniche da GNR”.
A Polícia Judiciária acrescenta que as investigações vão prosseguir e que os detidos vão “ser sujeitos a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Leiria, para aplicação de medida de coação”.
Depois deste comunicado da PJ, também a GNR fez chegar um esclarecimento à Renascença, a confirmar a realização de buscas no Subdestacamento de Controlo Costeiro de Peniche da GNR e a detenção de dois militares.
“Ressalva-se que a Guarda prestou toda a colaboração durante as diligências processuais levadas a cabo pela PJ”, sublinha o comunicado, adiantando que “internamente, a Guarda irá proceder ao levantamento do respetivo procedimento disciplinar inerente a este tipo de situações”.
A GNR, por outros lado, “reafirma o seu compromisso de tolerância zero a todas as formas de corrupção, e outros fenómenos de criminalidade, pautando a sua atuação diária pela primazia da segurança e da salvaguarda de todo e qualquer cidadão”.