O Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, recordou a visita do Papa Emérito Bento XVI, a Portugal, em 2010, que foi "bálsamo e incentivo para seguir em frente, enquanto pôde".
Foram muitos os fiéis que se juntaram ao fim desta tarde, na Sé de Lisboa, numa missa de sufrágio por Bento XVI.
A celebração foi presidida por D. Manuel Clemente, que, na homilia, o Patriarca de Lisboa garantiu que para Ratzinger este momento foi muito importante, tal como será também para o Papa Francisco, quando este vier a Portugal, no próximo verão para a Jornada Mundial da Juventude.
Com a Sé de Lisboa repleta de fiéis que se juntaram para
rezar pelo Papa Emérito, que morreu no sábado, aos 95 anos, D. Manuel Clemente
sublinhou ainda que o exercício da Justiça foi uma das marcas do pontificado de
Bento XVI.
"Dar todo o lugar a Deus, para dar também toda a atenção ao próximo, foi o que, constantemente, nos exortou a fazer, homilia a homilia, encíclica a encíclica, atitude a atidude", realçou.
À missa seguiu-se ainda um momento de oração por Bento XVI. À Renascença, João Clemente, responsável do Comité Organizador Diocesano do Patriarcado de Lisboa, explica que o momento recorda o encontro dos jovens com o Papa em 2010.
"Tentamos convidar todos a participar, num momento de oração muito simples, onde recordamos a visita de Portugal que marcou muitos jovens. Marcou muito a vinda do Papa à varanda e as palavras que deixou", conta.
O mundo da política também esteve presente. A representar o Governo, a ministra da Justiça Catarina Sarmento e Castro recordou "um intelectual" e "um homem que tocou o mundo".
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa esteve, igualmente, presente. Carlos Moedas destaca que Bento XVI "significou o que era um homem digno".
"Abdicar do poder foi um exemplo extraordinário. Foi um Papa da verdade e da Educação. Era um professor e que a sua vocação ia para além de ser Papa", referiu.