A Procuradoria-Geral da República instaurou um inquérito às agressões do agente Pedro Pinho ao repórter da TVI, no exterior do Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, depois do empate a um golo entre Moreirense e FC Porto, segundo avança o jornal "Record".
As imagens do incidente foram reveladas pela TVI e pela Sport TV e o inquérito pretende averiguar o que aconteceu no parque de estacionamento do estádio. As agressões ocorreram quando o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, se dirigia para a zona de estacionamento.
O presidente do FC Porto solidarizou-se com o repórter de imagem da TVI e garantiu que Pedro Pinho, autor do ataque, que Pinto da Costa condenou, não pertence aos quadros nem estava em Moreira de Cónegos a convite do clube.
Esta terça-feira, o diretor de informação da TVI, Anselmo Crespo, deu conta, em declarações na TVI24, do telefonema que recebera do presidente portista "poucos minutos antes" de entrar em estúdio:
"Pinto da Costa ligou-me para se solidarizar e, sobretudo, para também ele condenar qualquer ato de violência que aconteça e este em particular. Ele teve essa atenção institucionalmente, é um ato de um presidente de um clube para um diretor de informação da TVI, independentemente daquilo que o FC Porto possa agora decidir fazer. O presidente Pinto da Costa quis também deixar claro que este senhor, Pedro Pinho, não só não pertence ao FC Porto, como não integrava a comitiva do FC Porto. Não viajou com o clube e não esteve a assistir ao jogo a convite do clube."
Pinho pediu desculpa, mas TVI quer consequências
O diretor de informação da TVI destacou que a equipa de reportagem estava apenas à espera da saída das equipas após o encontro.
"O ato deste empresário, Pedro Pinho, é ainda mais injustificável porque ele não tem nenhuma racionalidade. Ninguém o abordou, ninguém o estava a filmar, os jornalistas não estavam lá por causa dele", assinalou.
Anselmo Crespo ressalvou que Pedro Pinho fez chegar à TVI um pedido de desculpa, "comprometendo-se a pagar qualquer dano que tenha sido provocado, mas recusando a ideia de que teria havido uma agressão". O que contraria o relato de Francisco Ferreira e de quem lá estava.
O diretor de informação da TVI espera que haja consequências para Pedro Pinho, independentemente de o repórter e de a estação televisiva apresentarem queixa, porque "as instituições de futebol não podem permitir ou conviver com atitudes" como a que sucedeu na véspera.