UEFA reembolsa milhares de adeptos por confusão na final da Liga dos Campeões
07-03-2023 - 12:04
 • Renascença

Totalidade dos 19,618 adeptos do Liverpool que compraram ingressos alocados ao clube, assim como vários adeptos neutros e do Real Madrid, são elegíveis para devolução do preço do bilhete da final da Champions da temporada passada.

A UEFA confirmou, esta terça-feira, que vai devolver, na íntegra, a milhares de adeptos o preço do bilhete para a final da Liga dos Campeões da última época, em Paris, devido às graves falhas de organização quecausaram caos e confrontos e provocaram o atraso do início do jogo.

Em comunicado, a UEFA explica que os adeptos com bilhetes para as portas A, B, C, X, Y e Z, "onde foram reportadas as circunstâncias mais difíceis", são todos elegíveis para reembolso. Isso contempla a totalidade dos 19,618 adeptos do Liverpool que compraram bilhetes alocados ao clube, assim como vários adeptos neutros e do Real Madrid.

Também são elegíveis para reembolso todos os adeptos que não conseguiram entrar no Stade de France antes das 20h00, hora do pontapé de saída, "ou que não conseguiram entrar de todo no estádio".

A UEFA toma esta posição depois de uma investigação independente, liderada pelo antigo ministro da Educação português Tiago Brandão Rodrigues, ter chegado à conclusão de que o organismo que tutela o futebol europeu é o "principal responsável" pelos incidentes "que quase causaram um desastre" na final da Liga dos Campeões de 2021/22.

A final, entre Real Madrid e Liverpool, que os espanhóis venceram, por 1-0, começou com quase 40 minutos de atraso em relação à hora inicialmente prevista, devido a problemas na colocação de adeptos, principalmente os do clube inglês. A polícia foi mesmo obrigada a intervir depois de várias pessoas terem saltado vedações.

O comité de investigação independente destacou a má gestão do volume de pessoas a chegar pelas várias entradas do recinto, defeitos nos acessos, grupos de locais que atacaram adeptos, tentando provocar confrontos, o mau policiamento e a falta de planos de contingência.