​Marcelo fará "o possível” para que Governo de Costa seja duradouro
07-12-2015 - 20:59

“Eu espero que esta solução dê certo. Se der certo, é bom para o país", afirma o candidato presidencial.

O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa garante que, se for eleito, fará todos os possíveis para que o Governo de António Costa seja duradouro.

Em entrevista à SIC, o antigo líder do PSD defende a estabilidade e espera que a actual solução de Governo, com apoio parlamentar do Bloco de Esquerda, PCP e Verdes, corra bem.

“Eu espero que esta solução dê certo. O Presidente da República não tem que ter estados de alma em relação ao Governo que está em funções. Eu farei o possível para que seja duradoura, porque, se der certo, é bom para o país. Se não der certo, é pior para o país”, afirma Marcelo Rebelo de Sousa.

Para o candidato a Belém, “o pior que podia haver é, no quadro de um mandato presidencial de cinco anos, era haver dois ou três governos”

“O que eu desejaria é que não houvesse crises. Se vier a ocorrer crise, julgarei isso”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, numa entrevista à SIC em que disse esperar que já haja um Orçamento do Estado em Março, quando o novo chefe de Estado tomar posse.

O candidato não quer falar da actuação de Cavaco Silva, prefere olhar para o futuro, e considera que o Presidente da República “deve envolver-se activamente, correndo o risco de ser hiperactivo.”

Marcelo Rebelo de Sousa quer ajudar a “curar e cicatrizar as feridas” que ficaram da actual situação política, depois de o Governo PSD/CDS ter sido derrubado pela esquerda. Diz que é preciso fazer um esforço para um equilíbrio que compense as “amarguras” de alguns.

Nesta entrevista à SIC, o ex-presidente do PSD disse que o apoio que lhe venha a ser dado pelo seu partido e pelo CDS não o vinculará a nada. Afirmou também que tenciona continuar militante do PSD e que acha que tanto ganha à primeira como à segunda volta.

Falou ainda da sua amizade com o banqueiro Ricardo Salgado. Uma amizade que se mantém e manterá, a não ser que ponha em causa o desempenho das funções presidenciais, frisou.

As eleições presidenciais estão marcadas para 24 de Janeiro.

[notícia actualizada às 01h31]