O PSD quer introduzir provas de aferição no final do quarto e do sexto anos de escolaridade e defende que as avaliações devem ser conhecidas até ao final do ano letivo para permitir avaliar as competências e os conhecimentos dos alunos.
Em declarações á Renascença, Margarida Balseiro Lopes, vice-presidente do PSD diz que até agora não se sabe nada sobre o o nível de aprendizagens dos alunos.
“Nós estamos às escuras. Não sabemos qual foi o dano na aprendizagem por cauda pandemia, e não sabemos se os alunos estão a aprender e se o sistema educativo está a cumprir o seu papel. É por isso que defendemos as provas em cada final de ciclo, no 4, 6, porque já existem no nono ano e depois do 12.º refere a vice-presidente do PSD.
De acordo com o projeto-lei a que a Renascença teve acesso, que será debatido no parlamento no dia 22, o PSD defende que as classificações obtidas nas provas no quarto e sexto anos devem ser utilizadas para ponderar a classificação final, de acordo com a opção da escola ou agrupamento de escolas.
Num outro projeto, o PSD quer garantir que o próximo Orçamento do Estado tenha um aumento da dotação para a Ação Social Escolar de modo a poder abranger mais alunos. Margarida Balseiro Lopes não percebe como é que famílias que recebem o salário mínimo nacional não tem acesso a qualquer ajuda.
“Um pai e uma mãe que recebem o Salário Mínimo Nacional, e tenham um filho, o aluno não é elegível para o escalão A ou B. o teto máximo são 3 mil e poucos euros. Isto é brincar com a educação” revela Margarida Balseiro Lopes.
Para além destes projetos, o PSD apresenta ainda um outro de resolução para recomendar ao Governo que prolongue o plano de recuperação de aprendizagens por mais 3 anos, até 2026.
“Se as aprendizagens tivessem sido recuperadas e a escola estivesse a funciona normalmente, mas isso não acontece, por isso a segunda proposta que temos é estender este plano de recuperação de aprendizagens até 2026” revela a vice-presidente do PSD em declarações à Renascença.
A 2 de fevereiro, o PSD anunciou a marcação de um debate sobre Educação para 22 de fevereiro.
Em declarações aos jornalistas, no final da reunião da bancada do PSD, o líder parlamentar Joaquim Miranda Sarmento adiantou que até ao debate potestativo (obrigatório) o partido iria apresentar “um conjunto de iniciativas”.