Castro Almeida. Governo "não vai desistir de criar condições de segurança" no país
23-12-2024 - 12:36
 • Jaime Dantas

À margem de uma cerimónia de assinatura de contratos para a renovação de 8 escolas no norte do país, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial descartou qualquer interferência do governo no modo de operação das forças de segurança.

O governo "está seguro" e "não vai desistir de criar condições de segurança" no país. É assim que o ministro Ajunto e da Coesão Territorial responde à carta enviada esta segunda-feira ao executivo por várias personalidades do Partido Socialista na sequência das operações levadas a cabo pelas forças de segurança na zona do Martim Moniz, na última semana.

À margem de uma cerimónia de assinatura de contratos para a renovação de 8 escolas no norte do país, Manuel de Castro Almeida disse não ter lido a missiva, mas considerou que "a segurança e a justiça são tarefas inquestionáveis do Governo".

Descarta, contudo, qualquer responsabilidade relativamente ao modo de operar destas forças.

"Ninguém imagina que é Governo que diz às forças de segurança qual é a técnica apropriada para lidar com criminosos ou com potenciais criminosos. O papel do Governo é criar as condições para que elas sejam profissionais no exercício da sua função", disse.

Governo termina 2024 com 40% do PRR executado

O responsável da Coesão aproveitou ainda para avançar que, em apenas oito meses, este governo executou 20% do Plano de Recuperação e Resiliência, o mesmo percentual utilizado pelo anterior executivo em 30 meses.

"Já passámos da situação de atraso para a situação de um pequeno avanço. O objetivo era chegar ao final deste ano com 40% e vamos atingir e até passar um bocadinho à frente dos 40%", contou.

No dia em que chega a quinta tranche da "bazuca" europeia, Manuel de Castro Almeida admite que "ainda há muito por fazer". No topo dos desafios está a falta de mão de obra no setor da construção, que fazem com que "os concursos fiquem desertos".

"É um assunto que o Governo está a encarar e está a procurar resolver. O ministro da Presidência está a negociar com as confederações e associações empresariais para facilitar a entrada em Portugal de imigrantes que façam o trabalho que é necessário fazer", assegurou.

O ministro foi ainda questionado acerca das queixas de falta de apoios de alguns agricultores ouvidos numa reportagem da Renascença.

Castro Almeida nega que a entrega destes apoios esteja a atrasada, tendo sido já apoiados "mihares de agrucultores" afetados pelos incêncios deste verão.

O ministro admite que possam existir pessoas que ainda não receberam a ajuda de seis mil euros "porque há ainda agricultores a apresentar pedidos ", que não são respondidos de forma imediata.