Na missa a que presidiu, nesta segunda-feira, na Casa Santa Marta, no Vaticano, o Papa voltou a dirigir seu pensamento aos presos e ao grave problema da superlotação das prisões, rezando para que sejam encontradas soluções.
“Penso num grave problema que existe em várias partes do mundo. Gostaria que hoje rezássemos pelo problema da superlotação nas cadeias. Onde há uma superlotação – muita gente ali – há o perigo, nesta pandemia, de que se acabe numa grave calamidade. Rezemos pelos responsáveis, por aqueles que devem tomar as decisões, a fim de que encontrem um caminho justo e criativo para resolver o problema”, pediu.
Na homilia, Francisco comentou a passagem do Evangelho de João (Jo 12,1-11) para se dirigir aos pobres: há muitos e em grande parte estão escondidos.
“Os pobres existem. São muitos. Há o pobre que nós vemos, mas esta é a mínima parte; a grande quantidade dos pobres é aquela que não vemos: os pobres escondidos. E nós não os vemos porque entramos nesta cultura da indiferença e negamos”, afirmou.
“Muitos pobres são vítimas das políticas financeiras e da injustiça estrutural da economia mundial. Muitos pobres envergonham-se por não ter meios e vão às escondidas à Cáritas”, disse ainda.
“De facto, os pobres, sempre os tereis convosco”. Costumam ser vistos “como decorações de uma cidade. Sim, aquela velhinha que pede esmola... Ter pobres é parte da decoração da cidade”, afirmou Francisco para logo avisar: “se eu hoje ignoro os pobres, os deixo de lado, o Senhor me ignorará no dia do juízo”.
“Quando Jesus diz: ‘Os pobres, sempre os tereis convosco’, significa: ‘Eu estarei sempre convosco nos pobres. Ali estarei presente’. E isso não é ser comunista, esse é o centro do Evangelho: nós seremos julgados sobre isso”, terminou.