O Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Ornelas, considera que o Sínodo dos Bispos, que arrancou esta quarta-feira, no Vaticano, poderá ser um dos momentos mais relevantes para a Igreja desde o Concílio Vaticano II.
Na visão de D. José Ornelas, o encontro do Papa com os bispos vai debater o futuro da Igreja em tempos de grande diversidade, mas sem pôr em causa a sua história.
Para o também bispo de Leiria-Fátima, “do ponto de vista eclesial, depois do Vaticano II, talvez este pode ser uma ocasião de marcar a Igreja para este novo milénio”.
“Não para pôr em causa o que a Igreja é, mas para que ela seja fiel a si própria, dentro das condições que nós vivemos hoje”, explica o prelado à Renascença.
Segundo D. José Ornelas, “estamos a começar bem, com aquilo que foi feito, que se está a fazer também na diversidade de opiniões que foram surgindo”, que “não nos atemorizam, mas nos desafiam”.
O Sínodo dos Bispos é um órgão consultivo que ajuda o Papa no governo da Igreja. Para além de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, participam também peritos e outros convidados.
Pela primeira vez, as mulheres vão participar nos debates e mais de 50 vão votar o documento final, algo que até agora era apenas reservado aos bispos.
Portugal está representado no encontro pelo presidente e pelo vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Ornelas e D. Virgílio Antunes, os bispos de Leiria-Fátima e de Coimbra, respetivamente.
A primeira sessão da XVI Assembleia Sinodal decorre de 4 a 29 de outubro, com o tema ‘Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão’. A segunda etapa será só em 2024.