Fenprof contesta estudo e diz que início do ano letivo é exemplo da falta de professores
29-01-2024 - 10:17
 • Lusa

Estudo divulgado esta segunda-feira aponta que não há falta de professores para as colocações permanentes e anuais, mas sim dificuldade em substituir docentes de baixa.

A FENPROF discorda do estudo que conclui que a dificuldade em substituir professores de baixa é o principal motivo para os casos de alunos sem aulas, lembrando que o ano letivo começou com falta de docentes nas escolas.

"Logo no inicio do ano, a 1 de setembro, faltam professores em escolas. Podia dizer que na lista ainda há professores para essas disciplinas, mas são professores que moram em Viana do Castelo, em Braga, em Vila Real e que têm os horários em Lisboa ou no Algarve, onde é proibitivo serem colocados porque não têm sequer um salário que lhes permita isso", disse à Lusa o líder da FENPROF, Mário Nogueira.

O responsável reagia ao estudo do EDULOG (um think tank da Fundação Belmiro de Azevedo direcionado para a área de Educação), segundo o qual não há falta de professores para as colocações permanentes e anuais, mas sim dificuldade em substituir docentes de baixa.

Ressalvando ainda não ter lido o estudo completo, Mário Nogueira disse discordar deste princípio: "Se assim fosse, as carências surgiam apenas ao longo do ano e isso não é verdade", afirmou Mário Nogueira, referindo que, neste momento, o número de alunos sem todos os professores ronda os 40.000 a 45.000, "bastante inferior ao do início do ano, em que ultrapassava os 100.000".