Centenas de greves, manifestações, concentrações e plenários em todo o país realizam-se esta quarta-feira, no âmbito do dia nacional de luta da CGTP, para reivindicar aumentos salariais e protestar contra a subida do custo de vida.
Entre as ações previstas para o dia de luta nacional da CGTP estão plenários, concentrações à porta das empresas e greves em várias câmaras municipais do país e em empresas como a Matutano, Lactogal, Nobre, lojas EDP e Grupo Altice.
Estão ainda previstas manifestações em Lisboa e no Porto, com início às 15:00 e, na administração pública, tem início hoje a greve nacional dos enfermeiros.
Também em greve nacional estão os trabalhadores das empresas de distribuição, que irão concentrar-se à porta de várias lojas do país.
"Vamos ter um dia nacional de luta de norte a sul e também nas ilhas, com os setores tanto da administração pública como do privado, com um conjunto de plenários muito alargado, com os trabalhadores a irem para a porta dos locais do trabalho para exigirem os seus direitos", disse à Lusa na terça-feira a dirigente da CGTP Ana Pires.
Os trabalhadores "têm uma reivindicação central, que é também a reivindicação da própria ação nacional, de aumentar salários, garantir direitos e contra o aumento do custo de vida", sublinhou a sindicalista, acrescentando que é preciso "responder às condições de vida difíceis dos trabalhadores" que enfrentam o aumento dos preços dos bens essenciais e da habitação.
Para a CGTP, "é urgente o aumento geral dos salários e das pensões, pôr fim à especulação que beneficia os grandes grupos económicos, controlar e reduzir os preços de bens e serviços essenciais, taxar os lucros das grandes empresas e alterar o rumo da política que tem vindo a ser seguida e que empurra um número crescente de trabalhadores para a pobreza".
A CGTP reivindica um aumento dos salários para todos os trabalhadores em, pelo menos, 10% com um mínimo de 100 euros, a subida do salário mínimo para 850 euros e outras medidas que respondam ao aumento do custo de vida.