A taxa Euribor a 12 meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu esta segunda-feira para 4,092%, menos 0,055 pontos, depois de ter registado seis máximos consecutivos.
A Euribor a 12 meses subiu para 4,147% em 23 de junho, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados de março do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 41% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Já Euribor a seis e a três meses representava 33,7% e 22,9%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, também baixou esta segunda-feira, ao ser fixada em 3,908%, menos 0,025 pontos, depois de ter subido em 23 de junho até 3,933%, também um novo máximo desde novembro de 2008.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses recuou hoje para 3,577%, menos 0,033 pontos e depois de ter sido fixada em 3,610% em 23 de junho, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022
Na mais recente reunião de política monetária, a 15 de junho, o BCE voltou a subir, pela oitava reunião consecutiva.
O BCE aumentou, em julho de 2022, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.