O presidente do Chega já comentou o chumbo de Aguiar-Branco para presidente da Assembleia da República. André Ventura critica os dirigentes da AD, que disseram que não precisam de um acordo com o Chega, e afirma que o PSD tem que escolher as companhias. "Hoje voltaram a espezinhar e a humilhar" o Chega, afirmou.
"Durante a manhã de hoje Nuno Melo e dirigentes da AD desmentiram a existência de um acordo com o Chega, que não precisam de um acordo e que o Chega era dispensável. Apesar disso, eu dei publicamente e em privado indicação para que esse nome fosse viabilizado", disse André Ventura aos jornalistas, no Parlamento.
"Não sei quem votou a favor e contra, não sei se os deputados do PSD votaram a favor de Aguiar-Branco, mas há uma coisa que sei: o PSD tem que escolher as companhias, se quer fazer uma coligação com o PS ou se quer governar à direita", sublinhou.
André Ventura garante que não se sente "desautorizado" pelos deputados do seu partido. "Sinto que o PSD tem que fazer escolhas e esta é a primeira prova que governar em cima do muro não funciona", atirou.
O deputado garante estar disponível para aprovar o nome de Aguiar-Branco para presidente da Assembleia da República, “agora o PSD não pode querer o apoio do Chega e do PS ao mesmo tempo”.
"Acabou no dia 10 de março o tempo em que dois partidos podem humilhar uma parte do país, decidir sozinhos o futuro do parlamento e do país", afirmou André Ventura.
José Pedro Aguiar-Branco foi chumbado pelos deputados para presidente da Assembleia da República. O deputado do PSD conseguiu apenas 89 votos a favor e precisava de pelo menos 116. Um total de 134 parlamentares votaram em branco e houve sete nulos.
Numa primeira reação, o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, acusa o Chega de não ser "confiável" e também deixa críticas ao Partido Socialista.
"Não é não? Então?", escreveu o deputado do Chega, Pedro dos Santos Frazão, na rede social Twitter.