Apesar de ter sido uma época marcada pela pandemia, a Liga Portugal anuncia que o futebol profissional português cresceu 20,7% em postos de trabalho. Os dados são revelados pela liga na quarta edição do Anuário do Futebol Profissional Português, produzido pela EY, numa parceria com a Liga Portugal.
Apesar dos constrangimentos causados pela pandemia e da quebra de receitas com os estádios fechados ao público, o futebol profissional cresceu de 2621 postos de trabalho diretos para 3163, o que representa um aumento de 20,7% na empregabilidade da indústria na época 2019-20, face à anterior.
Os jogadores foram os agentes desportivos com a maior fatia remuneratória, com 244 milhões de euros.
A suspensão temporária da I Liga e o cancelamento das últimas 10 jornadas da II Liga tiveram um impacto negativo nas receitas dos clubes, mas inferior ao esperado pela Liga. Verificou-se uma quebra das receitas em 11%, em comparação com a época passada, quando se previam quebras entre os 15-37%.
Impacto no PIB
No total, o volume de negócios dos clubes foi superior a 750 milhões de euros, o que contribuiu em 494 milhões de euros para o PIB português, um valor 10% inferior à época anterior. O estudo conclui que o futebol profissional representa 0,26% da riqueza nacional.
Pedro Proença, pesidente da Liga, ressalva que “os decréscimos existentes em alguns números estão diretamente relacionados com a pandemia da Covid-19”, salientando, porém, a coragem dos clubes da I Liga, de “contra todos seguir em frente e terminar a temporada”.
“É preciso, mesmo assim, e perante todas as contrariedades, enaltecer o aumento dos postos de trabalho, falando apenas de forma direta. Naturalmente, a indústria ressentiu-se e contribuiu valores abaixo do período homólogo, mas que, ainda assim, nos revela um impacto menor do que seria esperado", termina.