Luís Montenegro diz que "não convive bem com a dúvida da autenticidade do processo eleitoral", no âmbito da Operação Tutti Frutti.
Numa entrevista à RTP, esta segunda-feira, o líder do PSD diz que "não quer ter a mínima dúvida" do que aconteceu e vai aguardar "por todas as diligências da investigação.
"O meu partido não pode escolher candidatos em conluiu com outros. Não quero acreditar que o meu partido faça isso. Se fez, temos de tirar as ilações", apontou.
No entanto, o social-democrata realça que o PS é o outro principal partido envolvido e que todos têm de "aclarar a situação".
Satisfeito não estou, mas estou muito confiante que esta persistência e insistência vão produzir o seu resultado.
O PSD anunciou esta segunda-feira que retirou a confiança política ao deputado Joaquim Pinto Moreira, mas sem passar a deputado não inscrito.
"Quero ganhar as eleições, não as sondagens"
Esta segunda-feira, Montenegro retirou a confiança política a Joaquim Pinto Moreira, porque o deputado anunciou o regresso ao Parlamento sem concertar a decisão com o partido.
Sobre o caso, Luís Montenegro explicou que "há uma dimensão individual que não é transmissível e há uma dimensão partidária".
"Na dimensão individual continua a ser a sua liberdade de ação política. Mas não exterioriza a vontade parlamentar do PSD", disse, na entrevista à RTP.
Sobre o Governo, Luís Montenegro questionou "o que é feito do apoio político que levou á conquistou da maioria absoluta e que hoje nas sondagens está abaixo dos 30%".
Por outro lado, sobre os números do PSD nas sondagens, o líder do partido referiu que "quero ganhar as eleições, não as sondagens".
O social-democrata critica o Executivo por deixar-se "enrredar em casos" e garante que "a única alternativa viável é liderada pelo PSD".