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O Presidente ucraniano voltou a criticar o Ocidente por não estar a enviar todas as armas necessárias para a Ucrânia se defender.
Para Volodymyr Zelenskiy “é injusto que a Ucrânia ainda seja forçada a pedir o que os seus parceiros armazenam em algum lugar há anos”.
“Se eles têm as munições de que nós precisamos aqui e agora... é o seu dever moral ajudar a proteger a liberdade e ajudar a salvar a vida de milhares de ucranianos”, disse na mensagem vídeo que publicou esta noite na sua conta oficial no Telegram. Refere que se o país tivesse acesso ao armamento de que precisa a paz já teria sido restaurada e os territórios já tinham sido libertados dos ocupantes.
Na última noite, Zelenskiy disse ainda que o Exército russo vai ficar na história como o mais “bárbaro e desumano” do mundo.
Kiev e Moscovo acordaram um corredor de segurança para esta cidade portuária cercada. Segundo a vice-primeira-ministra ucraniana podem sair mulheres, crianças e idosas.
“Face situação de catástrofe humanitária em Mariupol…é aqui que nos vamos focar”, justificou Iryna Vereshchuk no Facebook.
De acordo com o comandante dos fuzileiros ucranianos que lutam na fábrica de Azovstal, em Mariupol, no terreno para cada militar ucraniano há dez russos. Numa mensagem vídeo pede ajuda a todos líderes mundiais.
A Fábrica Azovstal é o último local de resistência. Segundo as autoridades ucranianas, estão abrigados no último reduto de resistência mais de mil civis.
Entretanto, a Rússia anunciou um novo prazo de rendição para os militares em Mariupol. A cidade tem até às 12h00 para entregar as armas.
A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa – justificada por Putin com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou no 56.º dia, já matou mais de 2.000 civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito mais elevado.