Poupar é importante? Nove razões para um sonoro "sim"
13-05-2016 - 15:47
 • Deco

Os portugueses voltaram a baixar a taxa de poupança, depois de, durante os anos de crise, terem voltado a colocar algum dinheiro de parte, com medo do futuro.

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De acordo com o Banco de Portugal, os portugueses estão a poupar cada vez menos e encontram-se entre os povos que menos poupam. Mas também é verdade que só as famílias com maiores rendimentos conseguem colocar uma percentagem do seu rendimento de parte.

Cerca de 80% da poupança em Portugal é gerada por 20% das famílias que têm rendimentos mais elevados.

Por que é importante poupar?

A constituição de uma poupança pode ter como objectivo a compra de bens ou serviços ou a realização de um projecto ou sonho (como uma viagem) sem que seja necessário recorrer ao crédito.

Escolher viver dentro dos limites que o nosso rendimento permite em vez de empréstimos implica esforço. Mas tem vantagens, desde logo a satisfação de ver crescer uma conta bancária que tem como finalidade proporcionar conforto futuro.

Mas há mais:

  • Ajuda a estabelecer objectivos
  • Permite realizar ou ajudar a realizar sonhos adiados
  • Melhora a reforma
  • Mais liberdade de escolha no que toca à educação dos filhos
  • Permite abater dívidas
  • Sensação de segurança numa almofada financeira em caso de imprevisto financeiro ou de saúde
  • Satisfação de recorrer ao próprio dinheiro para adquirir ou pagar algo
  • Paz de espírito

Poupar significa colocar de parte uma parte do rendimento líquido, se possível, todos os meses.

Durante os anos de recessão económica (2009 a 2013), as famílias portuguesas, apesar de terem sido confrontadas com a redução do seu rendimento, voltaram a poupar um pouco mais.

Porquê? É a poupança por precaução, para acautelar novas possíveis privações e uma eventual perda do emprego. Em período de forte incerteza macroeconómica as taxas de poupança tendem a aumentar em todas as famílias, independentemente dos seus rendimentos ou nível de escolaridade.

Mas, a partir de 2014, com a saída da “troika”, a taxa de poupança iniciou nova descida, o que pode ser explicado com a concretização de decisões de consumo adiadas durante a fase mais negra da recessão.

O crédito passou a estar mais acessível, com critérios menos restritivos e com taxas de juros reduzidas. Além disso, as taxas de juro não são convidativas à poupança.

Actualmente, poupar deve ser uma prioridade para acautelar o futuro, nomeadamente os estudos dos filhos ou a adesão a um plano de saúde.

Gaste menos do que ganha

A regra mais simples da poupança é esta: gastar menos do que se ganha.

Para tal, poderá ter de reduzir despesas e evitar o desperdício ao máximo. Nem sempre é fácil saber onde está o excesso. Implica uma avaliação objectiva de todas as despesas.

Para prosseguir e ter sucesso na poupança, é importante que defina metas e tenha muita persistência.

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