Donald Trump rejeitou o pedido dos democratas da Câmara dos Representantes para que testemunhasse sob juramento no processo de destituição que arranca na próxima semana no Senado.
A informação foi revelada esta quinta-feira pelos advogados do antigo presidente norte-americano.
Trump está acusado de incitamento à insurreição, na sequência do cerco ao Capitólio no passado dia 6 de janeiro, em que apoiantes do candidato republicano derrotado por Joe Biden tomaram de assalto a sessão legislativa em que decorria a certificação da vitória de Joe Biden no colégio eleitoral.
O democrata Jamie Raskin, principal instrutor do processo de destituição, enviou uma carta a Trump e aos seus advogados, solicitando que o antigo Presidente prestasse testemunho sob juramento, antes ou durante o julgamento, que deverá começar na terça-feira.
Na resposta, os defensores de Trump, Bruce Castor Jr. e David Schoen, recusaram o pedido acusando o congressista democrata de protagonizar um "golpe de relações públicas" e alegando que não há forma de provar que houve uma interferência negativa de Donald Trump nos episódios de violência que culminaram com a morte de cinco pessoas.
Lindsey Graham, senadora pela Carolina do Sul, e uma das mais fiéis aliadas de Trump, classificou a carta de Jamie Raskin como uma "manobra política", sublinhando que “não seria do interesse de ninguém" que o ex-presidente prestasse testemunho.
Os democratas na Câmara dos Representantes alegam que são “esmagadoras” as provas de que Trump cometeu uma "traição grave ao seu juramento".
Argumento contraposto pelos advogados do ex-Presidente dos EUA que defendem que Trump "executou plena e fielmente as suas funções”, tendo exercido os seus direitos de liberdade de expressão, quando alegou que os resultados das eleições eram, no mínimo, suspeitos, nas vésperas do ataque ao Capitólio.