Austrália garante que Djokovic não está a ter tratamento especial
05-01-2022 - 10:29
 • Renascença com Lusa

As autoridades daquele país e os organizadores do Open da Austrália apelam para que o sérvio explique como obteve a "isenção médica" que lhe permitirá jogar o torneio.

As autoridades australianas garantem que não deram tratamento especial a Novak Djokovic, que recebeu "insenção médica" para participar no Open da Austrália, sem apresentar o exgido comprovativo de vacinação contra a Covid-19.

O sérvio, que tem manifestado posições contra a vacinação, não tem a vacinação completa e entrará na Austrália com uma "isenção médica", informou a promotora do torneio, sem oferecer grandes detalhes sobre o processo.

Craig Tiley, presidente da federação autraliana de ténis, a promotoa do torneio, explica que está impedido, do ponto de vista de legal, de dizer mais do que foi dito e apela a Djokovic que revele, por livre vontade, as condições em que obteve a isenção.

A informação é escassa, mas as autoridades australianas garantiram, esta quarta-feira, que não houve tratamento especial ao sérvio.

“Quero deixar absolutamente claro, como tem sido sempre o caso, que ninguém está ou irá receber tratamento especial por causa de quem são ou do que conseguiram profissionalmente”, assegurou Jaala Pulford, ministra do Desporto em exercício do governo regional do estdo de Vitória, numa conferência de imprensa em Melbourne.

Pulford admitiu, no entanto, que esta decisão poderá "causar desconforto a muitos" residentes de Melbourne, a cidade com mais dias sob estrito isolamento durante a pandemia, e o resto do país onde foram postas em prática medidas duras para enfrentar a pandemia.

Nesse sentido, reforçou o pedido de Tiley para que Djokovic dê uma explicação aos cidadãos de Melbourne. Entre os motivos que podem justificar uma isenção médica para entrar na Austrália estão a existência de uma condição médica grave, pessoas não possam ser vacinadas porque contraíram Covid-19 nos seis meses anteriores ou tiveram uma reação adversa ao medicamento.

Stephen Parnis, antigo vice-presidente da Associação Médica Australiana, disse no Twitter, na terça-feira, que a isenção “envia uma terrível mensagem a milhões de pessoas que procuram reduzir o risco de Covid-19 na Austrália para si próprios e para os outros. A vacinação é um sinal de respeito, Novak”.

O médico acrescentou que “não importa o quão bom jogador de ténis se é. Se ele se recusar a ser vacinado, não lhe deve ser permitida a entrada” no torneio, que tem lugar em Melbourne de 17 a 30 de janeiro. Djokovic, número um do mundo, é o campeão em título.