As escolas perderam um quinto dos seus alunos numa década, passando de dois milhões de alunos do pré-escolar ao ensino secundário para pouco mais de 1,5 milhões.
Os dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DHEEC) permitem ver a evolução do número de alunos ao longo dos últimos anos e perceber que há cada vez menos crianças nas escolas.
Em setembro de 2009, estavam inscritos cerca de 2.015 milhões de alunos e, em setembro de 2019 já eram 1.597 milhões, ou seja, numa década registou-se uma diminuição de 20%.
Os dados permitem avançar mais um ano e ver que a tendência se mantém, já que no ano letivo de 2020/2021 eram 1,570 milhões: Em apenas 11 anos a escola perdeu 444 mil crianças e jovens (menos 22%).
O Algarve foi a região onde menos se notou o fenómeno, já que em 11 anos perdeu menos de 10 mil alunos (passou de 83.360 alunos em 2009/2010 para 74.500 em 2020/2021), seguindo-se o Alentejo que sofreu uma diminuição de menos 31 mil alunos (de 133.944 para 102.579).
Em termos percentuais, a Área Metropolitana de Lisboa também foi das menos atingidas, apesar de passar de quase 527 mil para 482 mil.
Em sentido contrário, as escolas do norte foram as mais fustigadas pela redução de alunos, com menos 220 mil crianças e jovens inscritos (passando de 741.734 para 519.706).
As zonas de Lisboa e do Porto são as que concentram mais alunos: Em 2020, o município de Lisboa tinha 113 mil alunos, seguindo-se Sintra com mais de 57 mil estudantes, o Porto com quase 49 mil e Vila Nova de Gaia com 43 mil. Ainda na grande Lisboa surge Cascais com 37 mil alunos, Almada com quase 30 mil e a Amadora com 26 mil alunos.
Ao lado destes municípios, existem outros cinco que contam atualmente com menos de duzentos alunos: o Corvo tem apenas 62 alunos, Lajes das Flores tem 77, depois no Alentejo aparassem Alcoutim com 161 alunos e Barrancos com 166. No distrito de Leiria, surge Castanheira de Pera com 193 alunos.