O fabricante de armas norte-americano Remington vai indemnizar em 73 milhões de dólares as famílias das vítimas de um tiroteio numa escola do Connecticut, nos Estados Unidos, em 2012, conhecido como o massacre de Sandy Hook, um dos mais graves ocorridos no país.
É a primeira vez que a justiça norte-americana toma uma decisão deste género.
Em dezembro de 2012, um homem de 20 anos, Adam Lanza, entrou na Sandy Hook Elementary School em Newtown, no Connecticut, e matou vinte crianças e seis professores com uma arma semiautomática da Remington.
Em 2014, as famílias processaram o fabricante, mas o processo conheceu vários avanços e recuos, graças à imunidade federal concedida aos fabricantes de armas nos EUA.
No acordo alcançado esta terça-feira, os familiares de nove das vítimas do massacre de Sandy Hook informaram o juiz que "foi celebrada uma conciliação entre as partes" e a Remington vai indemnizar as famílias num total de 73 milhões de dólares.
Durante o processo, os advogados das famílias argumentaram que a propaganda da arma semiautomática Bushmaster AR-15, violava a legislação, uma vez que era vendida a consumidores civis quando, por causa das suas características, só deveria ser utilizada por militares e forças policiais.