Elon Musk e Zelensky em guerra aberta no Twitter
04-10-2022 - 11:19
 • Renascença

O bilionário sugere refazer as eleições nas regiões anexadas com supervisão das Nações Unidas, estando a Rússia obrigada a abandonar o território caso seja essa a vontade do povo.

Elon Musk iniciou a troca de tweets com o presidente ucraniano ao realizar uma sondagem para saber se os seus seguidores concordavam ou não com a sua proposta para um tratado de paz na Ucrânia. Esta proposta de paz de baseava-se na manutenção da neutralidade ucraniana e na realização de novo referendo nas regiões anexadas, com supervisão das Nações Unidas, estando a Rússia obrigada a abandonar o território caso fosse essa a vontade do povo.

O dono da Tesla é alvo de uma tempestade de críticas depois de ter criado esta sondagem na rede social Twitter, tendo já mais de um milhão de votos. Uma das propostas que tem sido mal acolhida pelos internautas é a insinuação que a Crimeia volte a fazer parte da Rússia, uma vez que este território fez parte do império russo desde 1783.

Vários utilizadores do Twitter apontam que esta é precisamente a mesma argumentação apresentada por Vladimir Putin na véspera da invasão à Ucrânia, no dia 24 de fevereiro e que, pela mesma lógica, Kiev teria de ser reintegrada na Rússia, uma vez que também fazia parte desse império.

Quem não deixou o bilionário sem reposta foi o Presidente ucraniano. Volodymyr Zelensky através do twitter criou uma outra sondagem onde questiona os seus seguidores que "Elon Musk preferem", dando a opção de escolher entre as seguintes respostas: "O que apoia a Ucrânia" ou "O que apoia a Rússia".

No entanto, esta troca de "sondagens" não terminou, pois o empresário sul-africano Elon Musk lançou um outro inquérito, através da mesma rede social, onde questiona se se deve respeitar a vontade das pessoas “que vivem no Donbass e na Crimeia” para decidirem se querem fazer parte da Rússia ou da Ucrânia.

A resposta surgiu desta vez pelo conselheiro do Presidente da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, questionando o empresário se estaria a tentar legitimar “pseudo referendos que tiveram lugar na mira de armas, perseguições, execuções em massa e tortura”.