Um grupo de académicos detidos nas prisões do Bahrein envia ao Papa Francisco uma mensagem pedindo-lhe que condene a injustiça e faça pressão para se alcançarem reformas, justiça e dignidade humana no Bahrein.
De acordo com o canal de televisão independente Al Mayadeen, estes académicos saúdam, a partir da prisão, a próxima visita do Papa ao Bahrein, considerando-o um patrono da paz, da reforma e da justiça.
Em comunicado, os estudiosos recordam a Francisco que “o Santo Padre vai pisar uma terra onde o slogan da tolerância e coexistência é proclamado a todos, excepto aos seus filhos e povos, e onde se afirma a justiça e a caridade, mas é praticada a injustiça e a agressão. As pessoas desta terra são mortas, há mães e filhos enlutados, sofrem feridas, são aprisionadas, perseguidas e exiladas.”, lê-se na versão inglesa do texto divulgado pelo canal Al Mayadeen e no qual também se recorda que organizações internacionais de direitos humanos têm documentado muitas violações contra o povo do Bahrein.
"Esperamos que durante a sua visita a este país tenha uma palavra de verdade que responda ao chamamento da fé e do bom senso, pois o povo deste país, que conviveu com os povos de outras religiões no passado, quer agora dar testemunho no presente”, diz este grupo de detidos ao Papa.
Os signatários da declaração são prisioneiros de consciência e e assinam com o seu nome: Sheikh Abdul-Jalil Al-Miqdad, Sheikh Saeed Al-Nouri, Sheikh Muhammad Habib Al-Miqdad e Sheikh Ali Salman.
A visita do Papa Francisco ao Bahrein realiza-se de 3 a 6 de novembro, a convite das autoridades civis e eclesiásticas daquele pais do golfo pérsico.