​“Selva” semidestruída em Calais
25-02-2016 - 10:44

Esta manhã os jornais voltam a falar sobre a destruição de parte do acampamento de refugiados em Calais, mais conhecido como “a Selva”.

O “El Mundo diz que esta quinta-feira o Tribunal de Lille vai decidir sobre o recurso apresentado por várias organizações que estão no terreno e ajudam estes imigrantes, no sentido de suspender a ordem de evacuação. A juíza visitou esta semana “a Selva” sob fortes medidas de segurança.

A Deutsche Welle diz que as autoridades de Calais vão aguardar a decisão judicial. Por cá, o “Público” conta que a Bélgica decidiu restabelecer os controlos de fronteira com receio dos migrantes de Calais. Bruxelas informou a Comissão Europeia que vai suspender temporariamente Schengen. O ministro do Interior belga receia que os migrantes possam dirigir-se para o porto belga de Zeebrugge, local de onde partem embarcações para o Reino Unido.

Na crise dos refugiados, a Áustria vai forçar o fecho das fronteiras para obrigar a União Europeia a tomar medidas. A Áustria convidou 9 países dos Balcãs para uma reunião e as conclusões vão ser apresentadas esta quinta-feira numa reunião dos ministros da Justiça e do Interior. A fronteira da Macedónia com a Grécia foi encerrada este fim-de-semana. Pelo menos 12 mil pessoas estão bloqueadas naquela zona.

Outro tema que ainda dá que falar é a saída do Reino Unido da União Europeia. O “Diário de Notícias” dá conta de uma sondagem do “Daily Mail”, que mostra que 51% dos britânicos são a favor da permanência, enquanto 39% consideram que o país deve abandonar a União Europeia.

Outra sondagem publicada no “Times” mostra outros resultados. O Sim e o Não estão quase empatados com vantagem ligeira para o “Brexit”: 38% contra 37%, com os indecisos a alcançarem ainda os 25%.

O ex-ministro grego das Finanças Yanis Varoufakis assina esta quinta-feira um artigo de opinião no “Diário de Notícias”. Varoufakis acaba de lançar em Berlim o Movimento para a Democracia na Europa e garante que a Europa tem de se democratizar, senão vai desintegrar-se. Yanis Varoufakis considera que, embora os países europeus tenham permanecido democráticos, as instituições da União permanecem sem democracia.