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A Covid-19 provocou a morte a 120 pessoas nos lares das Misericórdias Portuguesas e mais de 23 mil utentes foram testados ao novo coronavírus.
Os dados são da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) que disponibilizou esta quarta-feira a sua análise ao impacto da Covid-19 nas Misericórdias, desde o início da pandemia.
De acordo com a UMP, já foram realizados 23.087 testes a utentes e colaboradores de despiste do novo coronavírus nas Misericórdias. De acordo com Manuel Lemos, presidente da UMP, a maioria desses testes “foi realizada nos últimos 15 dias”.
Ainda de acordo com a informação disponibilizada, do “universo com cerca de 35 mil utentes utentes, as Misericórdias Portuguesas têm a lamentar o falecimento por Covid-19 de 120 pessoas acima dos 70 anos, o que reflete uma taxa de letalidade da doença de cerca de 0,4% nas Santas Casas”. O estudo destaca ainda que “243 pessoas (140 utentes das Santas Casas e 103 colaboradores) já recuperaram”.
Manuel Lemos, para além de afirmar que os testes nos lares “foram maioritariamente realizados nos últimos 15 dias”, revelou por outro lado que “para esta realização maciça de testes muito contribuíram os secretários de Estado nomeados pelo primeiro-ministro para assegurar, nas cinco regiões do país, a coordenação de todos os agentes no combate à pandemia causada pela Covid-19”.
A União das Misericórdias “pretende recolher, com regularidade, informação atualizada de capacitação e análise do Impacto da Covid-19 nas Misericórdias”, para “aferir e adaptar o plano de contingência de acordo com a evolução da pandemia”.
De acordo com Manuel Lemos, a recolha destes dados “é determinante para que a UMP possa assumir, perante o Estado, uma verdadeira postura de cooperação, para que os responsáveis assumam na plenitude, a responsabilidade de cada um, como uma parte da responsabilidade de todos”.
O presidente da UMP sustenta, por outro lado, que “dados vão ser decisivos para podermos construir o futuro”. E “o futuro, como a UMP tem sustentado há vários anos, não pode ser igual”, acrescenta Manuel Lemos, para reforçar a ideia de que “as comparticipações têm de ser justas, a sustentabilidade apoiada no rigor da gestão natural, o diálogo constante, a parceria total”.