Arquidiocese de Braga. Liga Operária Católica reivindica “salário máximo”
05-04-2021 - 13:48
 • Olímpia Mairos

Na sua mensagem pascal, a Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos aborda os efeitos da pandemia na vida das famílias e afirma que “o direito ao trabalho continua a ser posto em causa”, reclamando “um salário máximo, para que os ricos e os grandes gestores, não continuem a humilhar os pobres com a ostentação da sua riqueza”.

A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) da Arquidiocese de Braga, na sua mensagem pascal, afirma que “o direito ao trabalho continua a ser posto em causa sucessivamente”, referindo-se, em particular, aos jovens e adultos desempregados, que, ao encontrarem trabalho, “sentem a abertura da porta da precaridade que os manipula e passa a controla suas vidas”.

“Empresas ‘fantasmas’ subcontratam e fragilizam o vínculo do trabalhador ao seu domínio. Enquanto a digitalização facilita a vida às empresas, para a maioria dos trabalhadores provoca incertezas, gastos pessoais, preocupações e desemprego”, denuncia a Liga Operária Católica.

Neste contexto, a LOC/MTC da Arquidiocese de Braga compromete-se a ser agente da mudança, congregando a “força dos fracos, numa força inabalável”.

“Continuaremos a lutar por um mundo onde novos e velhos tenham lugar e possam viver sem medo; onde o trabalho seja digno e dignifique quem o faz; um mundo que acaricie e proteja a ‘casa comum’ que habita; com leis universais de combate à exclusão, que permita sentar todos em volta da ‘Mesa da Criação’”, assegura o movimento.

O Movimento de Trabalhadores Cristãos, “para além de um salário mínimo digno”, reivindica “um salário máximo, para que os ricos e os grandes gestores não continuem a humilhar os pobres com a ostentação da sua riqueza”.

Na mensagem pascal, a LOC/MTC bracarense chama ainda à atenção para as consequências da pandemia na vida das famílias.

“A pandemia tem obrigado as famílias a viverem tempos muito duros, quer em termos sanitários, quer em termos de organização familiar”, constata o movimento de trabalhadores cristãos, assinalando que “o teletrabalho, desregulamentado (…) tem sido fator de aumento das doenças mentais, devido à pressão constante que provoca”.

O movimento constata, no entanto, que, “apesar de tudo, a fé tem sido um pilar fundamental na vida dos trabalhadores, que os ajuda a ultrapassar dificuldades e os encoraja a não desanimarem”.