A pressão nos hospitais em França devido à covid-19 voltou a aumentar e foram registadas 197 mortes nas últimas 24 horas, no dia em que entraram em vigor as regras de confinamento que vão ser aplicadas durante quatro semanas.
O Governo indicou na página digital dedicada às estatísticas que foram registados no mesmo período 10.793 novos contágios, um número relativamente baixo mas que poderá estar relacionado com a realização de menos testes ao domingo.
Oficialmente, já foram infetadas no total 4.833.263 pessoas.
As hospitalizações pelo novo coronavírus subiram para 29.907, face aos 29.356 da véspera. No entanto, são números inferiores ao pico que se alcançou na segunda vaga, quando em meados de novembro foram anunciados 33.500 internamentos.
Desde há vários dias que permanecem muito elevados os internamentos nas unidades de cuidados intensivos (UCI), com 5.433 casos registados no domingo.
O ministro da Saúde, Olivier Véran, indicou ser possível que o número de doentes das UCI nesta terceira vaga que atinge a França se aproxime do teto ocorrido na primeira vaga, quando estavam internadas 7.148 pessoas.
Véran também indicou que está a ser reforçado o número de camas nas UCI para enfrentar esta eventualidade, com um aumento de 7.000 para 8.000. O plano de contingência prevê que possam ser instaladas até 10.000, caso seja necessário.
Na sequência das 197 mortes registadas neste último balanço -- o número de óbitos nos lares é atualizado duas vezes por semana, à terça e sexta-feira -- estão contabilizadas 96.847 mortes por covid-19 em França desde o início da pandemia.
Em relação à campanha de vacinação, receberam a primeira dose 9.351.329 pessoas (14% da população do país), para além dos 3.142.151 que já garantiram as duas doses (6% do total).
Desde a entrada em vigor do recolher obrigatório esta tarde às 19:00 locais, terminou o prazo fornecido pelo Governo para que os franceses pudessem efetuar deslocações e organizar um prolongado confinamento de quatro semanas.
Este regime significa, em primeiro lugar, que apenas estão autorizados a deslocar-se num raio de dez quilómetros em redor da sua residência, à exceção de uma justificação válida.
Para mais, toda a atividade comercial não essencial está encerrada. Em simultâneo, e como sucede desde finais de outubro, os bares, restaurantes, cafés, cinemas, teatros, salas de espetáculo, museus, ginásios e a generalidade dos estabelecimentos com vocação para eventos sociais vão manter-se fechados.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.853.908 mortos no mundo, resultantes de mais de 131,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.885 pessoas dos 823.494 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.