O site da North Country Public Radio, de Nova Iorque, conta que vários líderes populistas da Europa estiveram reunidos na Alemanha este fim-de-semana com o objectivo de acertarem estratégias para se ajudarem mutuamente nas eleições nacionais que se avizinham. Um encontro que se realizou com esse ingrediente suplementar: a posse de Donald Trump, que tem assumido posições inequívocas de apoio aos líderes que se opõem ao projecto europeu.
Para que se tenha uma ideia de como estes dirigentes políticos são recebidos pela opinião pública, esta rádio norte-americana conta que Marine Le Pen, a líder da Frente Nacional de extrema-direita francesa, foi recebida com um banho de multidão e debaixo de aplausos.
Le Pen elogiou de forma muito particular a decisão britânica de deixar a União Europeia. O derrube de todas as peças de dominó que ainda existem na Europa… a expressão é da candidata da extrema-direita à Presidência francesa que termina com esta ideia: "2016 foi o ano em que o mundo anglo-saxónico acordou. Estou certa de que 2017 será o ano em que o povo da Europa continental vai acordar."
É, nesta altura, um quadro de enorme incerteza aquele que se desenha no horizonte da Europa. A propósito disso, o jornal “i” fala dos riscos que a elite europeia identifica para 2017. Cinco grandes riscos, para ser mais preciso: o Brexit, o proteccionismo, a solidez da união monetária da Europa e a sua competitividade, o combate às desigualdades e, finalmente, a influência que as tecnologias vão ter nas nossas vidas, uma vez que há quem acredite que, dentro de muito poucos anos, será possível fazer muito mais com muito menos trabalhadores.
As novas tecnologias têm as suas vantagens, mas também acarretam uma série de riscos. E a agência Reuters fala precisamente sobre isso. A União Europeia admite introduzir testes de stress bancário para riscos cibernéticos. Bruxelas está a considerar a possibilidade de testar as defesas dos bancos contra ataques informáticos.
Fontes comunitárias, citadas pela agência Reuters, admitem diversas vulnerabilidades em relação ao chamado “hacking” por parte dos sistemas informáticos da banca. Prova disso, é o número crescente e cada vez mais sofisticado de ataques cibernéticos contra instituições bancárias. Ora, para combater esse tipo de situações, a Autoridade Bancária Europeia recomenda precisamente estes testes de stress cibernético. No entanto, o Banco Central Europeu reconhece que continua a haver uma escassa troca de informações entre as autoridades nacionais sobre os incidentes cibernéticos.