A China apresentou uma queixa nas Nações Unidas contra os Estados Unidos por entender que Washington não segue o que está estabelecido no Tratado do Espaço, de que os EUA são signatários.
Em causa, segundo Pequim, está o facto de, por duas vezes, a Estação Espacial chinesa ter sido obrigada a realizar manobras de retirada dos seus tripulantes devido ao risco de colisão com satélites da Starlink com que o milionário sul-africano Elon Musk pretende levar a internet de banda larga às zonas remotas.
O governo chinês alega que os incidentes, ocorridos a 1 de julho e 21 de outubro, "constituíram perigo para a vida e para a saúde dos astronautas a bordo da Estação Espacial China", que se tem mantido a uma altitude estável de 390 quilómetros.
Apesar da reclamação ter chegado ao quartel-general das Nações Unidas no início deste mês, estes episódios tiveram escassa expressão mediática até esta semana.
O jornal Global Times, um tabloide estatal chinês, examinou os incidentes e sugere que a SpaceX poderá ter feito uma tentativa de “testar a capacidade de resposta” da Estação Espacial chinesa em situações de perigo iminente.