Portugal continua desigual e “quase tudo” está ainda por fazer 48 anos depois do 25 de Abril, declarou José Soeiro, do Bloco de Esquerda (BE), nas comemorações da Revolução dos Cravos, na Assembleia da República.
O deputado bloquista começou a sua intervenção com uma referência aos trabalhadores precários que auferem baixos salários, mas que são essenciais para o funcionamento da sociedade.
“Para que esta sessão aconteça, para que a sala esteja pronta para a solenidade, há centenas de pessoas nos bastidores da democracia. Vemo-las mesmo?”, pergunta José Soeiro
“Que atenção temos dado, enquanto sociedade, a todas estas pessoas sem as quais o mundo não funciona? Nos supermercados e nas cantinas, nos transportes e nas escolas, nos call centers e nas empresas, nos serviços e na indústria. Nas casas”, afirmou.
O deputado do BE defende que o país tem uma dívida de gratidão e deve reconhecer o trabalho destas pessoas. "A quem faz o país funcionar, a democracia não deve apenas gratidão. Deve reconhecimento e justiça", sublinhou.
[em atualização]