A candidata presidencial apoiada pelo Bloco de Esquerda (BE), Marisa Matias, fez esta sexta-feira um “último apelo” ao voto, defendendo que “a campanha virou” e que, “se toda a esquerda for votar”, vai ser possível a solidariedade ganhar ao insulto.
É em Coimbra que Marisa Matias encerra a sua campanha, um último dia que, devido ao agravamento da pandemia, decidiu que seria exclusivamente online, com um encontro virtual que termina a corrida eleitoral como começou: uma conversa com algumas das pessoas da linha da frente que estiveram no lançamento da sua candidatura, em setembro, no Largo do Carmo, em Lisboa.
“Queria deixar um último apelo: já toda a gente percebeu que a campanha virou, houve quem quisesse fazer desta campanha uma campanha do ódio e do insulto, mas a solidariedade está a ganhar e é isso que vamos ver no domingo, no voto”, afirmou.
A candidata presidencial apoiada pelo BE tem uma certeza: “Se toda a esquerda for votar, nós conseguimos e é por isso que apelo ao voto na defesa do SNS, no combate à precariedade, na luta pela igualdade entre homens e mulheres”.
“E é por isso também que digo que no domingo é sorriso nos lábios, é orgulho no voto e é vermelho em Belém”, enfatizou.
Depois de uma conversa virtual com algumas das pessoas da “linha da frente” – um médico, um enfermeiro, um trabalhador da recolha, uma cientista, uma estudante, um carteiro e uma cuidadora informal, entre outros – Marisa Matias lembrou, em declarações aos jornalistas, que foi com estas pessoas que se reuniu antes de lançar a sua corrida a Belém e prometeu “ser também linha da frente na defesa da democracia durante esta candidatura” como, garante, faz todos os dias e continuará a fazer.
“Não é por acaso que estamos aqui hoje, neste lugar, porque foi aqui, no Convento de São Francisco, em Coimbra, que foi apresentada a Lei de Bases da Saúde do António Arnaut e do João Semedo, numa das sessões mais emocionantes a que tive oportunidade de assistir”, explicou.
Em setembro, quando apresentou a sua recandidatura às presidenciais de Belém, a bloquista prometeu que seria candidata “para fazer a campanha contra o medo".
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para domingo e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral termina hoje. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).