Pelo menos 13 civis morreram na sequência de novos bombardeamentos das forças governamentais sírias contra Ghouta oriental, no dia em que a chanceler alemã instou a Rússia e o Irão a usar toda a influência para evitar o “massacre”.
“Pelo menos 13 pessoas morreram em Douma, entre as quais três crianças”, refere o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
De acordo com a organização, o regime de Damasco lançou no passado domingo uma série de bombardeamentos de campanha contra posições rebeldes em Ghouta, admitindo-se que está a preparar uma ofensiva terrestre.
Desde o início do ataque de artilharia morreram pelo menos 320 civis em Ghouta.
Entretanto, a chanceler alemã instou a Rússia e o Irão a usar toda a influência para evitar o “massacre” que o regime está a levar a cabo em Ghouta, bastião rebelde nos arredores de Damasco.
“A luta de regime que não é contra os terroristas, mas sim contra a sua própria população. A morte de crianças, a destruição de hospitais… tudo isto é um massacre que tem de ser condenado”, afirmou Angela Merkel numa declaração dirigida ao Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão).
Esta mensagem foi enviada antes do início da reunião informal do Conselho Europeu, que decorre hoje em Bruxelas.
Merkel pretende que a União Europeia desenvolva uma política externa comum “mais definida” e proactiva, capaz de poder desempenhar um papel mais relevante no sentido de “por fim a um massacre”.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu também a suspensão imediata das hostilidades.
O Conselho de Segurança da ONU vai votar uma proposta de resolução para decretar uma trégua de 30 dias na Síria para deixar entrar ajuda humanitária.