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O bastonário da Ordem dos Médicos defende a abertura de mais centros de vacinação e a melhoria da estratégia de vacinação contra a Covid-19.
Em declarações à Renascença, Miguel Guimarães saúda a convocação pelo primeiro-ministro de uma reunião de peritos no Infarmed para a próxima sexta-feira, face ao avanço dos números da pandemia, mas pede a abertura de "mais centros de vacinação" e defende outros meios para convocar as pessoas para serem imunizadas, e não apenas "chamá-las através de SMS", sobretudo nas faixas etárias mais avançadas.
"É fundamental que haja telefonemas, que as pessoas possam ir tirar dúvidas ao centro de saúde e marcar a vacinação", defende.
Por outro lado, o bastonário da Ordem dos Médicos considera que não deve ser recusada a administração da vacina anti-Covid a quem tenha sido inoculado com a vacina da gripe, poucos dias antes.
Miguel Guimarães diz ter tido conhecimento de casos de pessoas a quem foi dito que, ou faziam as duas vacinas no mesmo dia, ou então faziam uma num dia e a outra 14 dias depois.
"Não! Se podem fazer no mesmo dia, também podem fazer um dia, dois ou três depois", defendeu o bastonário.
No plano da contenção de uma eventual quinta vaga da pandemia, Miguel Guimarães diz ser "importante que se recorra às medidas básicas que tivemos durante o início da pandemia: estamos a falar da máscara facial, estamos a falar do distanciamento e da higienização das mãos, porque estamos numa altura numa altura particularmente difícil, que é a altura do outono/inverno".
E dá exemplos de como as pessoas devem proceder "quando estão em festas, ou em sítios onde está mais gente e o espaço é fechado: usem máscara".
"A última decisão do Governo, que foi em outubro, permitia que as pessoas, nos espaços comerciais de rua, não usassem máscara. Eu acho que as pessoas devem usar a máscara nos espaços todos que sejam fechados", recorda Miguel Guimarães que diz ser, também, necessário adotar medidas que travem a proliferação das variantes da Covid-19.
O bastonário reconhece que, "pelo facto de termos 85% das pessoas vacinadas, a nossa situação é muito menos grave do que nos países que têm uma taxa de vacinação mais baixa, por isso é que nós precisamos de ter um rigoroso controlo de fronteiras. E isso é válido e muito importante, porque, por um lado, temos a situação controlada relativamente aos nossos parceiros que têm as infeções num ritmo bastante acelerado e, por outro lado, estamos a proteger-nos contra as variantes".